ACESSO À
INFORMAÇÃO
acessibilidade
ACESSO À
INFORMAÇÃO

História da Cidade

Intimamente ligada à construção da Belém-Brasília, marco do surgimento e desenvolvimento de diversas cidades, surge Gurupi (do tupi: “Diamante Puro”), a terceira maior cidade do Tocantins, sendo o polo regional de toda a região sul do Estado.

É impossível falar de Gurupi sem associá-la à BR-153. Isso porque a história do município está intimamente ligada à construção da Belém-Brasília, marco do surgimento e desenvolvimento de muitas outras cidades, ao longo de sua extensão no antigo Norte goiano. Dados históricos dão conta que o fundador de Gurupi, Benjamim Rodrigues, chegou a procurar o engenheiro da rodovia, Bernardo Sayão, em Goiânia, para uma exposição de motivos de a mesma cortar as férteis terras recém-habitadas pela sua família e outros aventureiros.

 Foto: Acervo do jornalista Zacarias Martins

A instalação definitiva do fundador de Gurupi na região se deu em 1952, ocasião em que concluiu a picada da rodovia projetada por Bernardo Sayão, até a estrada que ligava o município de Peixe a Porangatu; fez todo o levantamento da planta do município e construiu o primeiro comércio de Gurupi. A partir daí a paisagem do agreste foi dando lugar aos barracos de taipa dos novos moradores de várias outras localidades. A notícia do primeiro caminhão ao local já denominado de Gurupi é de setembro do mesmo ano, de propriedade do senhor Buta, que veio abastecer o comércio de Benjamim Rodrigues. A vocação para o comércio começou a partir desta data, e em pouco tempo a notícia se espalhou pelas regiões mais distantes e, com isso, atraiu interesses de moradores de outras localidades, como Porto Nacional, Peixe, Cristalândia, Dueré e Formoso do Araguaia.

Em 1954, com a invasão das matas mais próximas ao povoado, foram lançadas as primeiras raízes para a formação de uma base agropecuária, destinada a dar vida própria ao local. Até então os moradores compravam arroz e outros alimentos em Cristalândia. Neste mesmo ano é rezada a primeira missa, pelo Bispo Dom Alano, de Porto Nacional, e iniciado o alicerce para construção da primeira igreja, mais tarde denominada de Matriz de Santo Antônio. Em poucos anos de povoamento do local, já era visível o progresso nos ramos da agricultura, pecuária, e a abundante colheita de cereais transformou o povoado em um pequeno polo exportador.

Foto: Arquivo Nacional

Em 1955, por sugestão de um dos pioneiros houve a votação para escolha do padroeiro do município, Santo Antônio, e iniciado o movimento político no sentido de elevá-lo à categoria de distrito. No mesmo ano, o Bispo Dom Alano, auxiliado pelo engenheiro Bernardo Sayão, fundou a escola Paroquial. Foram iniciados ainda os primeiros serviços médicos, embora bastante rudimentares providências na época, além do primeiro consultório dentário.

Os próximos anos foram de muito progresso e, graças ao grande surto imigratório, o povoado passa à posição de distrito de Porto Nacional, que culmina com a sua emancipação política e instalação do município de Gurupi, em janeiro de 1959. Com isso expandem-se as construções, ruas, praças e avenidas, forçando cada vez mais a aceleração dos serviços de melhoramento urbano. O primeiro prefeito nomeado de Gurupi foi Melquiades Barros dos Santos, conhecido como “Doca Barros”, para o cargo de primeiro juiz, foi nomeado Clemente Luiz de Barros.

Hospital Delfino Aguiar (1968) – Foto: Acervo do jornalista Zacarias Martins

No ano de 1961, foi instalado o primeiro cartório do segundo ofício e realizada a primeira eleição para escolha do primeiro prefeito Francisco Henrique Santana e Luiz Brito Aguiar para vice. A partir daí, com o advento de firmas de maior porte, Gurupi desponta como uma das cidades mais progressistas do Norte de Goiás e assume o papel de liderança sobre as demais da região.

A passagem da Coluna Prestes ou os revoltosos, como eram conhecidos pela região, quebrou o silêncio e apressou o povoamento do Vale do Leste, e, consequentemente, das matas do Gurupi. Os ribeirinhos ou beradeiros da margem direita do Tocantins, aterrorizados com a chegada das tropas, fugiram, atravessando o caudaloso rio e se instalando nas margens esquerdas do Tocantins. Alguns embrenharam mata adentro, alcançando a serra do Santo Antônio. Mas não ousaram atravessar a tal serra, pois do outro lado pairava a ameaça do lendário Cacique Gurupi, índio destemido e valente, de tribo desconhecida, que dominava a região. Entre o medo e o pavor, foram ficando, chefiados por Benjamim Carvalho de Lima, o Bião, vaqueiro forte e afeito aos gerais, aventureiro e destemido. Por onde passava, Bião e sua comitiva iam nomeando rios e riachos. Encantado com a região resolveu se instalar às margens do Pouso do Meio, e desenvolver suas atividades agropecuárias.

Velho Mercado Municipal (1980) – Foto: Acervo do jornalista Zacarias Martins

A história de Gurupi dividida em anos (1940 – 1961)

1940

No início da década de 40, com a descoberta dos garimpos de cristal de rocha, as informações sobre as matas do Gurupi começaram a atrair garimpeiros de regiões distantes como Novo Acordo, Porto Nacional, Ponte Alta, Tocantinópolis e cidades do sul do Maranhão, Piauí e Bahia, entre outras.

1947

Às margens do Pouso do Meio, Mutuca e Água Franca começaram a ser exploradas, com a chegada de Benjamim Carvalho de Lima (o Bião) e seus companheiros geraisistas, Maurílio e Raimundo Dourado.

1949

André Cerqueira, outro importante pioneiro, chegou e sediou-se nas cabeceiras do ribeirão Água Franca, onde plantou cana-de-açúcar, instalou um engenho para fabricação de rapadura, produto de primeira necessidade na época, pois não havia a comercialização do açúcar. Criou também um rebanho de gado mestiço.

1950

Segundo relatos e evidências os índios do “Gurupi” pertenciam à nação Xerente, aldeados e catequizados pelos jesuítas na missão do Rio Canabrava, próximo à cidade de Porangatu, Estado de Goiás. O último contato que esses indígenas tiveram com pioneiros da região, foi em 1950 entre eles Maurilio Rezende dos Santos. Como não há registro de nenhum povo com esse nome ficou evidente que se referiam ao cacique Gurupi. Maurílio e seus companheiros ouviram da boca de um descendente do cacique, em nossa língua, o nome de Gurupi.

1951

Benjamim Rodrigues Nogueira apareceu na região, em setembro com a ideia de fundar uma cidade e encontrou-se com Maurilio Rezende dos Santos que lhe contou a história do cacique Gurupi. Benjamin adotou o nome do cacique e batizou o povoado com o nome de Gurupi.

1952

A instalação definitiva do fundador de Gurupi, Benjamim Rodrigues, na região se deu em 1952, ocasião em que concluiu a picada da rodovia projetada por Bernardo Sayão. Com todo levantamento topográfico do município nas mãos, Benjamim Rodrigues construiu o primeiro comércio de Gurupi.

O marco dessa história é lembrado por pioneiros e historiadores de Gurupi nas proximidades dos ribeirões Pouso do Meio e Água Franca, nas proximidades das Matas de Gurupi, em território pertencente ao município de Porto Nacional e jurisdição do Distrito de Brejinho de Nazaré.

Em junho construiu a primeira casa do povoado e em dezembro chegaram ao povoado os paraibanos João Manoel dos Santos e Sebastião Manoel Alves.

1954

Chegaram os maranhenses Palmeron do Amaral Brito e seu filho Rômulo Leitão Brito. Moisés Lustosa Brito constrói a primeira pista de pouso e decolagem de avião.

Em 1954, com a invasão das matas mais próximas ao povoado, foram lançadas as primeiras raízes para a formação de uma base agropecuária, destinada a dar vida própria ao local. Neste mesmo ano, é rezada a primeira missa, pelo Bispo Dom Alano, de Porto Nacional, e iniciado o alicerce para construção da primeira igreja, mais tarde denominada de Matriz de Santo Antônio, o padroeiro de Gurupi.

1955

Em poucos anos de povoamento do local, já era visível o progresso nos ramos da agricultura, pecuária, e a abundante colheita de cereais transformou o então povoado em um pequeno polo exportador. Em 1955, o Bispo Dom Alano, auxiliado pelo engenheiro Bernardo Sayão, fundou a Escola Paroquial. Foram iniciados os primeiros serviços médicos, além do primeiro consultório dentário. Expandem-se as construções, ruas, praças e avenidas, forçando cada vez mais a aceleração dos serviços de melhoramento urbano.

1956

Chegaram Antônio Lisboa da Cruz, sua esposa Júlia de Oliveira Cruz e os filhos Zacarias, Vilmar e João Lisboa da Cruz. Foi criado em 09 de outubro a Lei Municipal de Porto Nacional de número 251, o distrito de Gurupi.

1957

Em 1º de janeiro foi instalado o distrito de Gurupi e nomeado como sub- prefeito, João Borges Leitão. Chega a Gurupi a BR 14.

1958

Morre o sub- prefeito, João Borges Leitão e assume Dr. Antônio Luiz Leitão Brito. No dia 14 de novembro, a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás decreta e o governador José Ludovico de Almeida promulga a Lei nº 2.140, criando o município de Gurupi.

1959

Em 1º de janeiro, o Juiz de Direito da Comarca de Porto Nacional, Dr. Feliciano Machado Braga instala o município de Gurupi e dá posse ao 1º prefeito nomeado, Melquiades Barros dos Santos.

1960

É realizado o 1º Pleito Eleitoral de Gurupi. Foi eleito prefeito Francisco Henrique de Santana e Luiz Brito Aguiar, pelo partido PTN – Partido Trabalhista Nacional.

Foram eleitos os vereadores: Dr. Antônio Luiz Leitão Brito (UDN); Arlindo Martins da Silva (PSD); João Manoel dos Santos (PSD); Joaquim Gomes de Oliveira (PTN); Moisés Lustosa Brito (PST/PTB); Nelson Dias Fernandes (PTN) e Raimundo de Souza Camelo (PTN).

1961

A primeira administração assumiu o poder em 1º de fevereiro. A primeira Câmara Municipal foi eleita para um mandato tampão de dois anos, de 1º de fevereiro de 1961 a 1º de fevereiro de 1963. O 1º presidente da Câmara Municipal de Gurupi foi o vereador Raimundo de Souza Camelo (PTN).

Gurupi-TO

Fundação: 1958
Aniversário: 14 de novembro
Gentílico: Gurupiense
População: 88.428 habitantes
Área: 1.836 km²